terça-feira, 15 de julho de 2008

e segue nessa:
de um lado o rio fluindo vai
até não parar mais.
chegar no ápice e se misturar com o céu.
ficar neste ciclo,eternamente.
só rio e céu,
contínuos.
de outro lado dançam.
criança,adulto e tios...
namorados.
e se bagunçam na dança
rodam,trocam de par.
mistura-se tudo,
e o mundo grande da cabeça
faz-se garagem,
arquiva tudo como momento.
um tão forte como o outro,
que paradoxalmente,
sem espaço para a omnipresença,
querem vir à tona.

pois deixe que o tempo decida.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

controle

me diz como eu controlo
isso que não posso tocar.
queria ver as flores voando ao vento,
livres
e não pegá-las pra plantar.
seria bom a certeza de que é vivo
mesmo aquilo que não ouço.
eu veria de outro jeito
se não me faltassem óculos especiais.
enxergaria algo mais no olhar.
num toque qualquer saberia de tudo,
se houvesse algo a saber...
o dia nasce,corre,morre,
aquilo que está brotando
já cresce sem eu perceber.
e como eu controlo algo que não posso ver?