sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

é como eu sempre escutei a vida falar: "as coisas vem quando menos se espera"
e ontem olhando as ondas do mar quebrarem na praia, as crianças correrem na areia e os casais que esperavam pelo final da tarde, percebi, algo que já tinha percebido faz tempo, mas que sempre esqueço de me lembrar, a vida tem seu fluxo próprio e o tempo não é mais que uma invenção.
tenho que me colocar no meu lugar. é lindo de ver... as coisas acontecendo, cada uma no seu ritmo, com seu som. é lindo de ver... que nada depende de mim.
e que por isso posso ficar ali, só olhando e me surpreendendo.
nada é pra já.
e o meu tempo sou eu que crio.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

new year


new things. great things.

sábado, 15 de janeiro de 2011

eis aqui
o que restou de mim
uma vontade de falar
mas só me resta escrever
e esperar.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

um relicário

sabe aquele presente que eu disse que ia te dar naquele seu aniversário que passou?
era um baú. um baú com tudo que me lembra você, cheio das nossas noites, dos nossos dias, cheio de tudo que foi. de tudo que não é.
foi bom não te dar nada, pois agora só seria um baú vazio. cheio de coisas que nunca existiram.
só caberia a mim neste baú, essas lembranças também só cabem em mim. também vazia.

um relicário de nada.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

eu quero algo novo,
que vá assim,
me arrepiando os pêlos da nuca.
e chegue de repente,
como uma estação.

seria fácil se eu soubesse o que procurar...
subiria em um trem,
e pronto,
descia no lugar certo,
que iria me surpreender.

minha vida foi se costurando
como uma colcha de retalhos
cheia de atalhos
do presente ao passado.

mas quero mais que isso,
sentir aquele coração encharcado
e um corpo acelerado
que segue sem ver...
vai só sentindo a vibração.

sinto falta dessa obrigação
de não dar satisfação à nada que não seja meu instinto.

a lonely goodbye...

e foi assim, que eu, sentada na varanda fumando um cigarro e ouvindo o barulho dos fogos, me despedi de 2010.

sábado, 1 de janeiro de 2011

uma camada de tijolo e outra de cimento.
uma em cima da outra,
repetidamente,
cada vez mais grossas.

tornei-me tão inalcançável no fundo dessa mistura
que às vezes acho que nem sei mais como chorar.