segunda-feira, 25 de abril de 2011

foi assim que você foi indo embora
às pressas,
com medo de ficar e ter que me dar um beijo.
de despedida,
de nunca mais.
um beijo de começo de noite.
tão estranho pra nós que sempre roubamos
as noites...
tão estranho pra nós você indo embora
quando a noite só estava começando.

mas foi...
e acabou assim,
com uma despedida no portão,
que prometia ser até logo
e se tornou adeus.

e que deixemos agora o nós
ao deus dará
e aos sonhos que possam invadir
a gente qualquer noite dessas,
pra nos lembrar do cheiro da coisa,
pra nos acordar cheios de saudade.

não sei o que cabe dentro de uma gota d'água,
nem sei o que faltou dentro de nós.
não sei se transbordamos tudo e fomos além do que era permitido,
tão além, que nos perdemos no espaço,
em rotações impossíveis de se tocar.

somos daquelas estrelas que se encontram uma vez na vida e fim,
se perdem pra iluminar outros espaços.
ou só se perdem.

gota d'água


o que cabe dentro de uma gota que cai da chuva ou de uma lágrima que cai dos olhos?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

with or without you

não sei porque decidi dedicar esse dia à você hoje...
talvez pela noite em claro que passei. em que achei que sabia de tudo, como sempre acho, e aonde depois vi que me faltava algo.
tudo estava complicadíssimo pela manhã, e era nessas horas que você me acordaria com café da manhã na cama e tocando alguma música pra me acalmar.
e era nessa hora que eu ia segurar sua mão e ia até a varanda fumar um cigarro no seu colo.
aonde eu me perdi?
é, tem esse meu segredo, que eu raramente me permito lembrar.
só que é uma coisa que às vezes dá uma saudade... como hoje.
e fico ouvindo baixinho, pra que o segredo continue só meu, já que ninguém nunca entenderia.
já que ninguém nunca me entendeu como ele.
e eu que resisti tanto em fechar os olhos e entender, agora compreendo tudo.
nada volta a ser como era nessa vida, mas ah, como é bom ouvir esse som que era tocado só pra mim, deitado em meu colo.
ah, como era bom embalar aquilo que eu resistia em não entender.

ah, esses amores comidos tão depressa pelo tempo... ah, essa vida tão única de cada dia...
ah, essa saudade....

domingo, 3 de abril de 2011

sunday night

i don't care anymore if it's cold or warm,
i'm tired of expecting things to change for me,
so i try to change them by myself
do you wanna go with me?
leave all this behind...
start everything from nowhere...
i just wanna be nowhere, with no judgements,
with no crimes...
i need to be strong every sunday night,
but there's not easy as it seems
sunday night lasts longer than 24 hours.
i try to pass they sleeping most of the time,
but when i wake, it's sunday yet...
so empty.
i can handle the empty, but i need something
to feel good with it.
i guess i need someone to share this empty with me.

and draw... draw on my walls a world which fits me.
sigo nessa rua
e vários carros vão passando ao redor
e vários param pra me ver
mas nenhum abre a janela
e eu continuo caminhando.

é uma estrada louca
e já não sei mais se estou indo
ou se estou voltando
já nem sei mais como ou porque fui parar lá

quando saí tinha um mapa
e umas cartas no bolso
agora não sei onde nada foi parar
ou escondi de mim mesma,
como sempre faço,
só pra complicar tudo.
só pra andar mais...

queria parar de andar e procurar tanto,
mas as janelas estão sempre fechadas por onde passo...
o máximo que consigo é fazer alguém rir
de dentro do carro, quando para pra me ver passar.