acordou com pingos,
no meio da noite.
e na manhã que se fez
desceu a chuva.
deixando a cidade acordar atrasada
com o escurinho.
assim neste dia não houve sol sobre o mar,
nem gelos para água.
por trás dos óculos de sol
tudo parecia muito cinematográfico.
o céu era cinza claro;
os pensamentos também estavam claros.
a música embalava o tráfego
e o sinal era sempre verde.
o trânsito fluía.
com vento balançando as saias,
meninas voavam,
quando só estavam indo.
os beijos que foram mandados
beijavam outros destinatários.
os guarda-chuvas protegiam
as crianças que iam à escola,
e que pela chuva forte voltaram.
a chuva contagiou muitos,
estes preferiram ficar de cama
e ver o tempo,tão lento,
passar pelas janelas.
a chuva dançava nas pétalas das flores
(dos brotos das flores),
e depois escorria,molhando sua casa:
a terra.
a noite foi chegando,
junto aos arrepios dentro dos agasalhos.
e em um céu sem lua,
dormiram todos mais cedo
como se não houvesse tempo.
anunciaram no jornal do outro dia:
-fez-se primavera.
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Um comentário:
Olá moça... viajante poetisa. Lindo texto. Você se dá às palavras e à beleza das coisas, da chuva, dos pingos e dos beijos. Que maravilha (rsrsrs)!!! Por favor, escreva mais. E nos fale mais sobre a beleza de toda essa coisa que realmente é muito bonita... essa vida de chuvas, noites e primaveras. Adorei!!!
Jeyson
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