é agora que gostaria de falar com você. falar sem qualquer interesse oculto. acho que é porque sinto que somos, ou melhor, que estamos ou estivemos parecidos. não sei bem o que em comum existe... acho que talvez a dúvida que sinto em você e em mim. um sentimento, uma sensação inefável que vibra nas cordas vocais mas não consegue sair... que tentamos explicar em palavras com tão pouco sentido quanto a sensação. também uma procura. uma procura que ao mesmo tempo que desejamos que chegue ao fim, é a substância que nos alimenta. procurar para nós é uma adrenalina.
talvez seja porque estejamos perdidos, perdidos dentro dessa louca atmosfera cheia de luzes, sons, sabores, cheiros... um campo tão amplo de possibilidades que nada basta.
por sabemos que podemos ter muito de tudo nos sentimos sós.
queremos um aconchego fácil para a noite. algumas cervejas e palavras doces, superficiais... mas além disso, queremos algo extra corpóreo. talvez um encontro inesperado digno de virar roteiro, alguma... (não tem como nomear) digna de se tornar rotina.
agimos diferente em festas. você anda calado e sustenta aquela ar de mistério, eu sou expansiva demais, falo alto demais e ajo como se estivesse a vontade naqueles saltos. mesmo assim, ainda somos os mesmos, estamos lá, fingindo. na verdade estamos fugindo... do tédio ou de nós mesmos.
somos como qualquer outro, confundidos, confusos e misturados no meio da multidão. queremos apenas estar em um ônibus indo para o trabalho em uma manhã normal. tomar um café e não sentir coisa alguma. mas não somos como eles.
somos algo mais. não que isso seja melhor.
iiriririiriririririri (sentiu?)
quem são eles?
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Um comentário:
Por que palavras podem ser tão leves ou tão pesadas. Procurando respostas pelas frias madrugadas...Encontro teu texto vivo, pulsando... Evocando para si o direito de existir. Abençoados os homens de sorte que podem te encontrar...Abençoadas as palavras que através de ti podem existir!
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