Acho que nossos corações nunca estão na gente.
Vamos nos apaixonando assim, sem querer, devagarinho ou às vezes só num olhar... E nessa lá vai o coração, tentando habitar outro espaço, fazer parte de outro corpo.
Ficam nessa dança psicodélica e ilusória. Por que amar é sempre meio ilusão. É sempre muito do que a gente cria em cima do outro dentro da nossa cabeça.
Não existem mapas, no amor estamos sempre perdidos e na busca... Do olhar, da certeza, da casa. Sem saber totalmente se quando nosso coração for morar lá no do outro, o do outro vai ao mesmo tempo vir morar no nosso. E é um risco ficar sem coração pra bater...
Mas a gente arrisca, porque o coração é incontrolável, super teimoso e impossível de se adestrar. Aí compra passagens, passa o telefone, beija durante três horas, mergulha, faz tatuagem e tira fotos.
Mas no final, acho que o maior medo é de que ele volte pra nós.
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