sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Nossos corações nunca estão na gente.
Vamos nos apaixonando assim, sem querer, sós e, só num olhar... Nessa lá vai o coração, tentando habitar outro espaço, fazer parte d'outro corpo.
Fica nessa dança psicodélica e ilusória. Por que amar é sempre meio ilusão. O outro é  muito do que a gente cria. É sempre quem não é.
Pior, não existem mapas! No amor estamos sempre perdidos e na busca... Do olhar, da certeza, da casa. Sem saber totalmente se quando nosso coração for morar lá no do outro, o do outro vai vir morar no nosso. E é um risco ficar sem coração pra bater.
Mas a gente arrisca, porque o coração é incontrolável. É teimoso e inadestrável. Aí compra passagem, passa o telefone, tenta morar junto, junta os corpos, tira fotos, faz tatuagens e reza.
Reza para que o coração vá, enquanto o outro vem, e não tenha que voltar para nós.



Reescrevi e reafirmo!

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