Quando o coração aperta, parece que tem incêndio dentro de você. Parece que os órgãos se encheram de fumaça, foram encolhendo e ficando espremidos e cada vez menores. Você acha difícil de respirar e o coração bate rápido, numa angústia sem fim. Desejando ser espetado por uma agulha pra ver se assim, a fumaça sai e a gente tranquiliza.
Não costuro, não achei agulha nenhuma, e não sei mais o que fazer. Perguntaria a você, que me daria uma resposta perfeita, ou ao menos falaria algo pra eu rir. Mas agora você não está mais aí e eu não sei pra quem perguntar nada. E continua enchendo, enchendo...
A verdade é que estou ficando maluca com meu coração tão apertado. Mas você seria a única que entenderia a minha maluquice e meus derrames de coração.
Hoje parece que tudo acabou, a farinha de trigo do bolo que eu ia fazer, o sono que me faria dormir até as três, a chuva pra deixar o dia mais delicado... E o mais importante, que tenho até medo de citar e virar verdade.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
café pra dois
assim já não dá mais
que nessa noite o frio
invade o quarto pelo ar condicionado
e cade você aqui
pra rolar comigo
no meu edredom de estrelas
lá pelas quatro da manhã
na hora em que você chegar
já vou estar aqui
esquenta o seu jantar
e vem dormir
aqui comigo tão calado
tão apertado pra me esquentar
tão abraço pra não mais soltar
deixa rolar
e enrola em mim
enquanto o tempo corre
e a gente cobre
ele de beijinho
e vai dançar no sol
e depois de tanto rodar
vamos cair lá no sofá
que o dia já amanheceu,
e eu,
já to fazendo um café pra dois.
que nessa noite o frio
invade o quarto pelo ar condicionado
e cade você aqui
pra rolar comigo
no meu edredom de estrelas
lá pelas quatro da manhã
na hora em que você chegar
já vou estar aqui
esquenta o seu jantar
e vem dormir
aqui comigo tão calado
tão apertado pra me esquentar
tão abraço pra não mais soltar
deixa rolar
e enrola em mim
enquanto o tempo corre
e a gente cobre
ele de beijinho
e vai dançar no sol
e depois de tanto rodar
vamos cair lá no sofá
que o dia já amanheceu,
e eu,
já to fazendo um café pra dois.
game
Ah, que delícia é jogar assim...
Devagarinho.
E ver o dia passando,
Sem notar.
E a cada nota querer ouvir um Lá
E ver um Sol
Quando a noite acabar.
Fica um pouco mais
Que não tem perigo,
Vamos pular o medo
Que a gente ganha o jogo.
Vamos pular
Que a gente ganha.
Devagarinho.
E ver o dia passando,
Sem notar.
E a cada nota querer ouvir um Lá
E ver um Sol
Quando a noite acabar.
Fica um pouco mais
Que não tem perigo,
Vamos pular o medo
Que a gente ganha o jogo.
Vamos pular
Que a gente ganha.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Quando o coração aperta
Quis escrever de um jeito novo, porque o velho já não me basta... Já não me explica.
Estava lendo um texto de uma amiga e me apertou o peito. Aperto no peito vem sendo uma sensação cotidiana, mas parece que nesse momento de leitura aumentou um pouco. Senti que minha amiga estava sofrendo do mesmo aperto no peito e também deveria estar com os olhos cheios na hora em que escreveu. Acho que por isso dessa vez doeu mais. Lidar com meu coração apertado é difícil, mas já é conhecido, mas saber que ela está se sentindo assim e eu estou longe é terrível, quase insuportável.
Acredito que sempre deveríamos estar com o melhor amigo do lado na hora dessas dores do coração, aquele que vai te botar no colo, que nem mãe, mas que não vai julgar nada, vai só ouvir e inventar alguma coisa pra dor passar por hora.
Se eu estivesse no Rio, ainda que meu coração esteja cansado, sem dúvidas começaria o dia chamando minha amiga pra ir comer em alguma padaria num lugar diferente, bem cedinho (mesmo sabendo que ela não gosta muito de acordar cedo). Faria isso com uma teoria maluca que explicaria pra ela, de que pro coração desapertar, a primeira coisa que devemos fazer é colocar o corpo de pé. Aí faria aquela brincadeira de que "saco vazio não para em pé", ela iria rir e falar que eu estava certa. Depois do café eu falaria pra gente pegar um ônibus sem destino. Então explicaria que isso era pra ela entender que a vida é assim, a gente pode escolher o caminho, mas nunca vai saber por onde vai passar e qual vai ser o lugar da chegada. Quando chegássemos no último ponto, seria a hora de voltarmos, as voltas sempre são muito importantes. Sempre devemos saber que é possível voltar, de qualquer lugar em que estivermos.
Para finalizar, levaria ela pra praia. Eu sei o quanto ela gosta do mar, e a água é uma grande professora na vida. O ciclo da água, a espera pra chover, pra evaporar, o mar que leva, que trás, que nunca está igual. Seria a hora de tomar um banho nele e afundar o ouvido até que não se escutasse mais nada, só o coração. E deixasse que ele fosse batendo leve, como o mar calmo no fim de tarde. Falaria pra ela tentar manter o ritmo calmo do coração até a hora de dormir, e que dormisse sem pensamentos.
Hoje seria um bom dia para estar no Rio. Ainda que por aqui faça sol, tenha praia e padaria. Hoje seria um bom dia pra estar com minha melhor amiga.
Estava lendo um texto de uma amiga e me apertou o peito. Aperto no peito vem sendo uma sensação cotidiana, mas parece que nesse momento de leitura aumentou um pouco. Senti que minha amiga estava sofrendo do mesmo aperto no peito e também deveria estar com os olhos cheios na hora em que escreveu. Acho que por isso dessa vez doeu mais. Lidar com meu coração apertado é difícil, mas já é conhecido, mas saber que ela está se sentindo assim e eu estou longe é terrível, quase insuportável.
Acredito que sempre deveríamos estar com o melhor amigo do lado na hora dessas dores do coração, aquele que vai te botar no colo, que nem mãe, mas que não vai julgar nada, vai só ouvir e inventar alguma coisa pra dor passar por hora.
Se eu estivesse no Rio, ainda que meu coração esteja cansado, sem dúvidas começaria o dia chamando minha amiga pra ir comer em alguma padaria num lugar diferente, bem cedinho (mesmo sabendo que ela não gosta muito de acordar cedo). Faria isso com uma teoria maluca que explicaria pra ela, de que pro coração desapertar, a primeira coisa que devemos fazer é colocar o corpo de pé. Aí faria aquela brincadeira de que "saco vazio não para em pé", ela iria rir e falar que eu estava certa. Depois do café eu falaria pra gente pegar um ônibus sem destino. Então explicaria que isso era pra ela entender que a vida é assim, a gente pode escolher o caminho, mas nunca vai saber por onde vai passar e qual vai ser o lugar da chegada. Quando chegássemos no último ponto, seria a hora de voltarmos, as voltas sempre são muito importantes. Sempre devemos saber que é possível voltar, de qualquer lugar em que estivermos.
Para finalizar, levaria ela pra praia. Eu sei o quanto ela gosta do mar, e a água é uma grande professora na vida. O ciclo da água, a espera pra chover, pra evaporar, o mar que leva, que trás, que nunca está igual. Seria a hora de tomar um banho nele e afundar o ouvido até que não se escutasse mais nada, só o coração. E deixasse que ele fosse batendo leve, como o mar calmo no fim de tarde. Falaria pra ela tentar manter o ritmo calmo do coração até a hora de dormir, e que dormisse sem pensamentos.
Hoje seria um bom dia para estar no Rio. Ainda que por aqui faça sol, tenha praia e padaria. Hoje seria um bom dia pra estar com minha melhor amiga.
domingo, 19 de agosto de 2012
Por que as vezes amanhece nas horas que devemos dormir?
Me pergunto isso, pois não entendo como o dia pode ser tão descompassado. Se as coisas fossem justas, seria sempre noite quando precisássemos dormir. Essa noite se estenderia pelo tempo exato que precisássemos descansar pra depois acordarmos, em pleno nascer de sol, prontos. Renovados.
Eu queria algumas noites, e também daria algumas de presente, se pudesse... Não queria mexer no tempo, tem gente que precisa dormir mais, tem gente que precisa dormir menos... Mas queria poder estar acordada quando algumas pessoas acordassem, e quem sabe aí poderíamos andar de baixo do Sol, sermos claros. Brilhantes, como devemos.
Me pergunto isso, pois não entendo como o dia pode ser tão descompassado. Se as coisas fossem justas, seria sempre noite quando precisássemos dormir. Essa noite se estenderia pelo tempo exato que precisássemos descansar pra depois acordarmos, em pleno nascer de sol, prontos. Renovados.
Eu queria algumas noites, e também daria algumas de presente, se pudesse... Não queria mexer no tempo, tem gente que precisa dormir mais, tem gente que precisa dormir menos... Mas queria poder estar acordada quando algumas pessoas acordassem, e quem sabe aí poderíamos andar de baixo do Sol, sermos claros. Brilhantes, como devemos.
passou por aqui...
Eu tenho uma tendência esquisita, no que diz respeito a lidar com as coisas... Geralmente, as pessoas preferem melhorar o que está mal, arrancando o mal pela raiz. Não esperam que o copo transborde, quando ele está na metade, já saem tomando o líquido de canudinho, desesperadamente, o mais rápido possível pra que o líquido acabe. Eu, infelizmente, não sei fazer isso. Quando o líquido já está na metade do copo, eu preciso que ele transborde pra que depois se esparramar eu consiga ir limpando a bagunça.
A verdade, é que quando nada faz sentido, quando não consigo me emocionar mais e a inércia toma conta de mim, parece que preciso piorar tudo, ir ao limite, ao extremo, pra que consiga buscar algum motivo pra reagir.
Com esse esclarecimento pessoal, não consigo deixar de me perguntar... Quanto ainda cabe no copo?
A verdade, é que quando nada faz sentido, quando não consigo me emocionar mais e a inércia toma conta de mim, parece que preciso piorar tudo, ir ao limite, ao extremo, pra que consiga buscar algum motivo pra reagir.
Com esse esclarecimento pessoal, não consigo deixar de me perguntar... Quanto ainda cabe no copo?
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