sábado, 6 de outubro de 2007

nó(s)

Bocas se encontram em uníssono
E somem em busca de outros lábios
Acelera a respiração à boca do ouvido
E não se ouve mais, se sente...
Perde-se em sensações,
Como que no mar
E o luar banha em luz nossos corpos
Sedentos por um só,
Por um nó.
Amarrado em meu peito
Em meu laço
Em meu leito
Nos meus dedos
Num abraço
Quero cuidar e quero que cuides de mim
Acabar com tudo,
Ver você dormir...
Janelas abertas pro interior.
Deixe-me te enfeitar como quiser
Mesmo que das tuas paredes de cal eu faça ouro
Mesmo que pra demoli-las após achar teus jornais na gaveta.
Deita e pousa sobre meu ventre.
Vem devagar ser meu filho meu pai minha lente
Venha mentir pra mim,
Sinceramente.
E se perder quando entrar em mim.
Ou se perder por não entrar em mim.

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